As três na estrada

Já que vocês acompanharão através deste blog nossas aventuras nesta viagem, acho que seria legal apresentar quem são as "Três na estrada". Euzinha, vocês já conhecem: Juliana, vinda láaa do interior de SP, atualmente morando no friiio de Curitiba. Geminiana, administradora, sommelier, bailarina aposentada e aspirante a escritora. Ah, e com uma alma cigana insaciável que anseia em conhecer o mundo inteiro: cores, aromas, cheiros e vidas.

A história das Três começou em 2007, na Espanha. Nas minhas férias do ano passado, fiz um mochilão por Portugal e Espanha, para conhecer as principais regiões vinícolas desses países. A intenção era fazer a rota do vinho, conhecendo as uvas, o solo e a culinária de cada região. Fui com a Dani Pereira, uma amigona, alto-astral, companheira de viagens e "viagens", e que também gosta de vinhos tanto quanto eu.


Vou contar um pouquinho dessa viagem: depois de uma rápida circulada em Lisboa, encontrei a Dani no Porto, aonde visitamos algumas engarrafadoras de vinho do Porto e contamos com a hospitalidade da família dela, que além de nos mostrar toda a cidade ainda nos prepararam um bacalhau com nata dos deuses!.

Fomos pra Barcelona, onde encontramos o Fumaça, amigo querido de Rio Preto que me mostrou a melhor balada da cidade, o Shimo (balada de música eletrônica muito boa, cuja varanda dá diretamente nas areias da praia). Aproveitei pra conhecer a região produtora de cavas (o delicioso espumante espanhol).

























Alugamos um carro e fomos para Rioja, a principal região produtora de vinhos da Espanha, aonde demos a sorte de chegar bem no meio da festa da primeira colheita do ano! Logroño, a capital de Rioja, fervia ao meio de vinhos e tapas. Visitamos a modernérrima bodega Ysios, cuja arquitetura reproduz o contorno dos montes Cantábricos. Além disso, descobrimos uma cidadezinha encrustada no meio da montanha, Laguardia, aonde visitamos uma adega medieval subterrânea e comemos a melhor refeição da viagem em uma taberna riojana.

Passamos por Ribeira del Duero, que foi um fiasco...nos perdemos na estrada no meio de imensas plantações de girassóis queimados, e a uruca foi tanta que nem conseguimos chegar na vinícola.


Fomos para Madri, Sevilla e Toledo, que não tem muito vinho mas tem muita comida boa, paisagens maravilhosas, touradas e muito calor! Lá encontramos a Pat Risso, amiga de infância de Rio Preto, e suas companheiras de viagem: a San, a Lilian e a Pat Gual - muito divertidas, apesar de um tantinho enroladas! Eu e a Dani, acostumadas com o ritmo frenético de um mochilão com roteiro programado e cronometrado, ficamos um pouco ressabiadas ao encontrar meninas com secadores e chapinhas em plena Sevilla 40 graus. Mas foi só a primeira impressão: os dias com essa turma foram uma diversão só!

Continuando a viagem, eu e Dani fomos para Jerez de la Fronteira, cidade bem ao sul da Espanha, na Andaluzia, marcada por grande influência moura. Conhecemos a Cavallaria Real dos cavalos andaluzes e prestigiamos um legítimo espetáculo de flamenco. Em Sanlúcar de Barrameda, éramos as únicas turistas do local. Fomos até lá conhecer o Jerez manzañilla: esse tipo de de vinho fortificado é o orgulho da cidade por ser exclusividade de Sanlúcar, devido às condições climáticas da cidade favoráveis ao aparecimento da "flor" do Jerez. O tiozinho que nos mostrou a Bodega estava firme no propósito de nos fazer gostar do manzañilla, nem que para isso tivesse que nos fazer provar de todos os barris da bodega (e ele quase o fez...)

Nosso tour gastro-vinícolo terminou em Jerez de La Frontera, mas ainda demos "um pulinho" em Londres, pra visitar mi hermana que estava morando lá, fazendo mestrado.

Resumidamente, foi assim que eu conheci minhas duas companheiras deste mochilão pela América do Sul. A Dani não podia ir comigo, pois está morando em Viena (aliás, bem que você podia montar um blog pra contar como está sua vida por aí né!). Quando resolvi fazer esta viagem, avisei meus amigos mais próximos e perguntei se alguém gostaria de me acompanhar. A Pat Risso (que não curte muito esses esquemas "roots") passou o recado pra Lilian, que chamou a Pat Gual...e pronto! Estava feita a turma. As duas são umas figuras: a Li é louquinha, muda de idéia a toda hora, e eu só vou ter certeza que ela vai mesmo nesta viagem quando ela efetivamente estiver lá...rs... A Pat é o sossego em pessoa...fica um mês sem se pronunciar nos e-mails, mas quando aparece é com boas notícias, e topa todas! Vai ser uma boa mistura...

Não vejo a hora de começar logo esta viagem!!