sábado, 24 de novembro de 2012


9., 10. e 11. dia - Marrakesh

A praca Djeema el Fna realmente é a loucura que se fala nos guias: torturadores de animais diversos (encantadores de cobras, domesticadores de macacos, etc…), mulheres lendo a mão e fazendo tatuagem de henna, varias banquinhas de suco de laranja e comidas, alem de artesanatos, temperos, especiarias, chas, ervas, perfumes…ufa!!! Como diriam os franceses, "c'est de la folie!". Da pra perder um bom tempo e um bom dinheiro por la, com milhares de comprinhas! 
Medersa Ben Youssef
Visitamos a antiga Medina, que é bonita, mas as motocicletas passando em alta velocidade e sem muito cuidado tornam o lugar não tão agradável como as Medinas de Fez ou Meknes. Nos fomos sem guia mesmo, e conseguimos visitar os principais pontos turísticos: os souks, a Medersa Ben Youssef (linda! vale a pena), o Mellah (bairro judeu - ótimo lugar para comprar especiarias: temperos, óleos essenciais, henna, cha…). Nossa dica para quem quiser visitar o Marrocos é que da sim pra visitar a Medina por conta, por mais que os guias e as informações na internet falem que é difícil se achar, é perigoso e etc, nos percebemos que isso é um pouco de exagero. Claro que ter noção é super importante, respeitar o horário de recolher, estudar bem o roteiro no mapa antes de sair, não dar papo pra desconhecidos, SEMPRE combinar o preço antes de adquirir algum produto ou serviço (o famoso "paga quanto voce quiser" geralmente termina com tentativa de extorsão e o encantador de cobra quase correndo atras de voce, rs), e só se informar com pessoas que pareçam "do bem" - fazendo isso, da para curtir um passeio na Medina com tranqüilidade e sem precisar pagar guia! E para quem como nos quer fazer compras sem ter que se apressar, ir sem guia 'e bem melhor. 
A Li e seus 47kg de bagagem
Precisa mencionar que a gente se jogou nas compras? rsrs estamos levando o Marrocos inteiro na mala - inclusive novas malas, porque as que levamos nao cabia.A Li, com o peculiar exagero de sempre, esta levando em kilos quase outra dela mesma. 
Pat encantando serpentes e com sua tattoo de henna
Venda de temperos na medina
Fora da Medina, visitamos o Jardin de Majorelle, um jardim doado por Yves Saint Laurent para a cidade de Marrakesh com uma flora bem diversificada: vegetações de diversos países (ate mesmo da America do Sul) compõem o cenário de uma maneira muito harmoniosa. A entrada é carinha (50 Dh), mas vale a pena. Para chegar no Jardin, ao invés de pegar um taxi, resolvemos fazer um passeio de charrete. O que era para ser um luxo (rs), acabou virando outra fonte de briga: o motorista ao invés de fazer o tour pelos pontos turísticos e depois nos deixar no jardim pelo valor combinado, foi direto ao ponto final, e o máximo que vimos de interessante foi a loja da Louis Vuitton (essa sim um luxo!) e vários restaurantes upper class no caminho. De resto, só dava a gente de charrete no meio do transito de carros se apinhando e buzinando (pouco deslocadas…rs). Quando finalmente chegamos no jardim, o chofer, muito cara de pau, quis cobrar o valor do tour completo (como se a gente, turista, não tivesse noção de localização). Resultado: as três em cima da charrete brigando com o motorista e chamando a atenção da turistada em volta. Pagamos o valor justo e descemos, de novo com a sensação de que aqui ninguém perde a chance de tentar passar a perna nos turistas. 
Almoçamos na Ville Nouvelle, que e a parte chique e cara da cidade. Estávamos em busca de um Hammam, um local típico daqui aonde as mulheres vão para tomar banho, fazer sauna, esfoliação e massagem. Encontramos um que era muito moderno, e como queríamos uma experiência mais autentica e tradicional, aceitamos o conselho do taxista e fomos parar no Hammam Majorelle (perto do jardim). 
E ai começou a experiência mais fantástica da viagem!! Mais exótico e surpreendente do que andar de camelo no Sahara, o ritual do Hammam inclui a passagem por três salas: a primeira para se (des)vestir, a segunda para se lavar, esfoliar e massagear; e a terceira para fazer a sauna. E não 'e privativo…toda a mulherada fica junto na mesma sala. Nós, com nosso pudor católico brasileiro, fomos de biquini!! rsrs mas não durou muito, ja na primeira sala a massagista chefe nos mandou tirar a parte de cima (deve ter pensado: essas estrangeiras são estranhas mesmo! tomar banho com essa faixa no corpo??assim não vão ficar limpinhas). E la fomos nos, no meio das muçulmanas, se lavar! rsrs Tudo isso dura cerca de uma hora; recebemos esfoliação com óleo de oliva e henna, e massagem hidratante com savon noir (sabão negro) de oliva. Saímos de la completamente renovadas, relaxadas e com a pele do corpo e do rosto ultra macia.
Se estiver em Marrakesh, va!! Vale a pena!
Esse ritual de limpeza começou com os romanos na antigüidade, e a partir de Volubilis foi se espalhando pelo Marrocos e por todos os países de religião muçulmana. O Corão incentiva a limpeza do corpo: os homens por exemplo só podem entrar nas Mesquitas para rezar após lavar os pés e as mãos. Esse habito só foi barrado nos países ocidentais, pela Igreja católica que o proibiu com medo que a exposição do corpo pudesse causar consequencias libidinosas aos fieis. 
O Hammam é uma das explicações para o fato das muçulmanas cobertas de túnicas dos pés a cabeça no calor do Marrocos estarem sempre bem cheirosas e perfumadas: uma vez por semana, elas se entregam a esse ritual, junto com familiares e amigas. 'E o momento só delas, de cuidar da pele, do cabelo…sem stress!!  Legal ne? Mais uma experiência incrível para a nossa lista!!



Comprando temperos!


Sempre com o mapa na mão!



Restaurante Dar Belkabir na Medina - uma jóia escondida, bom, bonito e barato!



quinta-feira, 22 de novembro de 2012


8o. dia - Ait Benhaddou e chegada a Marrakesh

Acordamos cedo (fato inédito, antes do guia!) e fomos visitar o Kasbah de Taourirt, ainda em Ouarzazate. Por fora, os kasbah sao casas feitas de barro misturado com palha, o pisé. Eu imaginava que por dentro seriam assim também, de barro, simples, tipo uma favelinha mesmo. Qual não foi o meu engano ao entrar nesse Kasbah e ver como ele 'e ricamente decorado por dentro! ele era propriedade da família Glaoui, cujo patriarca era o pacha, ou "presidente" dessa região. Ouarzazate foi por muito tempo centro importante de comercio, e o pacha regulamentava esse comercio a partir do Kasbah Taourirt. Vale a pena conhecer, custa so 20 Dh, e também vale a pena contratar o guia para ouvir as explicacoes. Nos não fizemos isso, mas fez falta!
Kasbah Taourirt
Em seguida partimos para Ait Benhaddou, outro Kasbah da mesma família 27km de distancia de Ouarzazate,. O local é tão incrível que la foram filmados mais de 10 filmes importantes, entre eles Lawrence da Arabia, Indiana Jones e Gladiador. Olhando o cenário, da para entender bem por que Hollywood escolheu esse kasbah para utilizar em cenas dos filmes que se passam nos idos de muito antigamente. A vila realmente parece parada no tempo, e suas casas de pise se misturam `a montanha com tanta naturalidade que parecem ter sido esculpidas pela própria natureza. So vendo para entender:
(foto)


Kasbah Ait Benhaddou
Deu pra reconhecer cenas dos filmes!
A chegada a Marrakesh é um capitulo a parte. Depois de nos despedir do nosso guia Bakkali em uma rua que dava acesso `a Djeema El-Fna, a praca central de Marrakesh, fomos tentar procurar um hotel ou um riad na medina. Digo "tentar" porque a empreitada nao foi nada fácil. A cada passo, dois ou três faux guides (falsos guias) nos paravam com seus: "hey, escuse me!, hotel?? tour? restaurant?", de uma maneira bem agressiva, praticamente pulando na nossa frente. Para afugentar essa verdadeira peste marroquina, a gente falava "nao, obrigada, ja temos reserva". E nem assim eles se cansavam: "qual o nome do seu hotel? me fala que eu te levo la". Numa dessas, cansadas e cheias de mala, e depois de muita insistência, aceitamos a ajuda de um desses faux guides para nos levar ao riad que eu tinha visto na internet, ja que a medina 'e um verdadeiro labirinto e a gente nao iria conseguir achar sozinhas mesmo. Depois de alguns minutos de caminhada, os guias (de repente apareceu mais um) nos levam a um lugar que nao tinha nada a ver com o riad que eu tinha pedido. Eu percebi a enganacao e perguntei pelo nome do riad, e eles na maior cara de pau: "esse aqui 'e a mesma coisa, 'e do mesmo proprietário do seu hotel, pode ficar aqui mesmo". Eu tive que bater o pê e insistir que queria o outro. Mais alguns minutos de caminhada, e paramos na porta de outro hotel. E a historia se repete! Nao era o que eu tinha pedido, eles insistiam em nos deixar nos lugares aonde eles ganhavam comissão. Ai eu me irritei, falei para ele ir embora, batemos boca, enfim, uma confusão. Essa 'e apenas uma historia para ilustrar o que infelizmente percebemos ser comum em Marrakesh: o habito de enganar os turistas. Do motorista da carruagem ao encantador de cobras, 98% das pessoas que encontramos tentaram nos enganar de alguma maneira. Isso 'e muito triste, estar em um lugar aonde voce sente que nao pode confiar em ninguem. E quando pode (como por exemplo a mulher mega simpatica que nos atendeu no Hammam), a gente esta tao "escaldada" que nao confia mesmo assim. Aos turistas que forem para la, a dica 'e desconfiar de tudo. Pesquise preços antes de comprar alguma coisa, nao aceite ajuda de ninguém na rua, e se nao tiver reserva em hotel, chegue antes de anoitecer na Medina para ter tempo de pesquisar com calma e com luz, quando 'e mais fácil de se localizar. Fomos dormir ainda sob o choque desse traço de realidade.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012


6o. e 7o. dia - viagem pelo interior do Marrocos e deserto do Sahara

Partindo de Fez para Merzouga, 750km no carro do Bakkali, o berbere que sera nosso guia nesses 3 dias de aventura. O Marrocos é um pais surpreendentemente diverso: começamos o tour fazendo uma visita `a vila de Ifraine, que mais parece uma vila incrustada no meio da Suiça, com direito a neve e estação de ski. Momento histórico: primeira vez que a Pat e a Li viram neve de perto! :) Poucos quilômetros depois, a paisagem muda de repente para floresta. Tentamos ver os macacos, mas com todo o frio eles resolveram ficar bem quentinhos nas suas tocas e não apareceram. Logo em seguida a paisagem muda de novo, e a vegetação do deserto começa a aparecer…neve, floresta e deserto em menos de 6 horas. Surreal!


Deixamos nossas coisas no Hotel Kasbah Erg Chebbi , pegamos os camelos e partimos rumo ao acampamento Berbere. Uma hora caminhando sob a luz da lua e das estrelas, no Cam o Camelo, Bud (weiser) e Little Boy nos levaram para um local no meio das dunas aonde 5 ou 6 tendas abrigavam turistas. A caminhada bucólica so era interrompida pelo toque do celular do guia (SIM!!! Celular nao pega dentro da casa dos meus pais em Rio Preto, mas pega no deserto no Marrocos!!! Que vergonha hein?). Voltando ao passeio…enquanto aguardávamos nossa janta, ouvimos musica ao longe. Batucada…trio elétrico? Ficamos esperando por uns 10 minutos para ver se o "trio elétrico" chegava na nossa tenda. Percebemos que nao ia rolar, então pegamos nossos copos de vinho, uma lanterna e fomos desbravar a noite sahariana. Descobrimos da onde vinha o barulho: na tenda de um grupo de estudantes de Marrakesh, havia um grupo de tuaregs cantando e dançando musicas típicas. Surreal: musica, lua, estrelas, deserto…experiência inesquecível! Depois de uns 40 minutos, nosso guia veio nos chamar: a comida estava pronta. Um delicioso tajine de frango acompanhado por um vinho mequetrefe mas que cumpriu bem o seu papel de relaxar o corpo depois de um dia inteiro de viagem. Conversas, risadas, estrelas cadente…fomos dormir felizes. Noite gostosa, confortável e quentinha, maaaas…choveu!! garoinha, mas o suficiente para impedir que houvesse o tao esperado nascer do sol no dia seguinte. Escalamos as dunas mesmo assim, e a chuva no dia anterior foi o que nos ajudou a subir, pois fez uma "capa" na areia fofinha e facilitou a subida. Um cenário surreal…de tirar o fôlego!! Quando estávamos voltando, o sol nos deu o ar da sua graça, e as fotos ficaram lindas :). Atravessando o deserto do Sahara (e o sol nao estava tao quente entao nem queimou a nossa cara…rsrs) nos nossos camelos queridos, com aquele cenário ao nosso redor…momento sublime, como a vida é linda! 
Depois de um banho no Kasbah, continuamos a viagem passando por algumas vilas berberes (Erfold e Tinejdad) vendo a população que sorvia preguiçosamente seu domingo, as mulheres vestidas de túnica preta, os homens com seus camisoloes e turbantes…depois do almoço, passamos na vila de Tinerhir, único vilarejo aonde as mulheres trocam as túnicas pretas por brancas. Vimos 4 casamentos pela cidade!! o Bakkali ficou bem feliz em mostrar e nos contar um pouco sobre essa tradição da cultura berbere. Logo em seguida, Gorges do Todra, um desfiladeiro de proporções espantosas, que nos faz sentir pequenas frente a tamanha imensidão…ótima maneira de encerrar o dia! Passamos pela cidade que produz as famosas Águas de Rosas marroquinas (loções, colônias, sabonetes…tudo feito de águas de rosas), dirigimos ate a cidade de Ouarzazate, direto para nosso hotel e, depois de mais um tajine, um pouco mais de cha de menta e uma garrafa de vinho (dessa vez de boa qualidade, que compramos no supermercado), hora de trocar as fotos e ir dormir. Amanha tem mais!


















sexta-feira, 16 de novembro de 2012



4. e 5. dia: Fez


Fizemos uma programação bem interessante em Fez, que eu recomendo a todos que forem para a cidade pela primeira vez: 
Começamos o primeiro dia fazendo um tour com o guia Abdulah (mesmo nome do recepcionista do hostel e de metade da população masculina do Marrocos), que nos levou para ver mais um palácio real fechado ao publico, o Mellah (bairro judeu) e a Medina de Fez. Fazer o passeio ouvindo as explicações do guia no primeiro dia nos deu uma boa noção do Marrocos na atualidade, alem de nos situar também na Medina, que 'e bem maior e mais louca que a de Meknes. Conseguimos sentir melhor o local, ver os principais pontos turísticos sem ser assediados pelos faux guides, os falsos guias que fazem de tudo para te tirar dinheiro, e também para perceber como as pessoas agem numa cidade tao turística como essa. No final 'e importante sim ter noção, nao se aventurar por dentro das ruelas tortuosas sozinha porque os caras vao sim te seguir, vao querer te levar para jantar no restaurante do primo dele, vao oferecer servico de guia...as vezes infelizmente 'e preciso ser at'e um pouco rude para deixar claro que voce nao esta a fim de conversa, principalmente se voce for mulher (infelizmente, ainda tem essa mentalidade machista - teve um cara que ate nos chamou de racista porque a gente nao quis pegar o taxi dele, que nao era oficial). Mas também nao 'e nada de outro mundo: no segundo dia, nos aventuramos sozinhas no outro lado da Medina, mas ficamos s'o na rua principal da entrada e na sua paralela. Tipo Joao e Maria, quase jogando migalhinha no chao pra nao se perder...rs. Nao precisamos ir muito longe, tem restaurantes muito bons logo na entrada, e varias lojinhas bem legais no começo dessas ruas. Ou seja, 'e s'o ser bem firme e negar qualquer tipo de acompanhamento, nao cair nas conversar da galera, e ter noção de nao ficar se aventurando demais dentro da Medina, que da sim para se divertir por la! 
Vai um artesanato ai?
Vale muuuito a pena fazer compra la, tudo 'e bem mais barato que o Brasil, principalmente artesanato e couro, que sao os principais produtos de Fez. Na própria Medina, visitamos o curtume (aquele mesmo que apareceu na novela O Clone); vale muito a pena e também da para comprar produtos de couro bons e nao tao caros (mas tem que negociar!).
No curtume - incrível!!
Sobre essa questão de negociar, isso 'e outra coisa que os guias as vezes exageram: nao existe essa de oferecer 10% do valor que eles pedem, pelo menos nao nos lugares que passamos. Claro que as vezes existe uma margem de negociação, mas se uma pashmina te for oferecida por 80 Dh (R$ 20), que ja 'e barato, obviamente que o preço justo nao sera tao mais baixo assim. Produtos mais caros, como couros e tapetes, geralmente tem uma margem melhor de negociação; ai sim pode exercer seus dotes de negociante! rs. A Li tenta exercer esses dotes de negociação dela com TODOS os produtos, do doce árabe ao tapete! rs foi ate chamada pelos vendedores de berbere (deve ser o equivalente aqui a chamar alguém de turco, rs...). De tanto tentar extorquir todo mundo ela ja garantiu a passagem dela de primeira classe para a fogueira do mármore do inferno! hehehe
Pat e Li nas vielas da Medina
Almoçando feliz depois de uma manha de compras na Medina
Alem das compras, vale muito a pena visitar a Medersa Bou Inania, uma escola coranica fundada em 1350 e super bem conservada! Da uma paz muito grande ficar la...
No Marrocos nao tem muito o que fazer de noite. Ate agora nao achamos nenhum lugar aonde tenha bebida alcóolica...nem uma cervejinha para matar a sede :/. Depois que escurece um passeio legal 'e jantar na Villa Nouvelle,
 perto do boulevard Mohammed V e da avenida Hassan II. Lojinhas abertas, restaurantes, 'e animado! Outro passeio recomendado 'e ir ate o hotel Palais Jamais, um cinco estrelas virado no luxo que tem uma vista linda da cidade!!
Vista da Medina a partir do Palais Jamais - lindo demais!!
Como nosso albergue fecha as 22hs da noite, voltamos para o quarto, conversando, dançando (imitando a Jade...impossível nao lembrar do Casseta e Planeta imitando a família dela dançando o tempo todo! rs)  e rindo ate dormir.
Amanha, vamos para a parte mais roots da viagem: passeio de 3 dias pelo deserto do Sahara!! Reservamos o passeio para o deserto com o guia Bakkali, aqui no hostel mesmo. O tour saindo de Fez e chegando em Marrakesh custa 2000 Dh, com duas noites de hospedagem e cafe da manha inclusos. Estamos muito empolgadas :)


quinta-feira, 15 de novembro de 2012


3o. dia: Meknes e Fez

Bom, dado que Chefchaouen caiu do roteiro, tomamos cafe com calma no riad da Sabrina e saímos para conhecer as atracões da cidade:
- Medina: dizem que 'e mais tranquila que as de Fez e Marrakesh, 'e um local imperdivel. Suas ruelas estreitas revelam desde vendedores de linha para fazer os lindos tecidos das roupas dos homens e das mulheres, pratarias e artesanatos, ate calca jeans Diesel made in China. Como disse a Pat, uma mistura de mercado das Arábias com feirinha da madrugada de SP, rs. A Li ja se jogou comprando um jogo de cha banhado a prata, resignando-se a aceitar o preco do vendedor depois de perceber que nem todo comerciante no Marrocos curte uma pechincha…rs. Depois de dois dias andando pela Medina, sem guia, ja estávamos praticamente em casa, nos virando super bem. Quer dizer, logo de manha fomos tentar sair pela outra porta, nos perdemos e fomos parar em um souk na periferia da Medina, aonde nem francês se falava e o povo era meio estranho. Maaas, depois disso, tava tudo dominado :) . A praca El Hedime também 'e interessante conhecer, fica logo ao lado da Medina, próximo ao Bab Mansour, e 'e cheio de barracas de artesanatos, restaurantes de rua e showmans: um homem e seu macaco, outro homem fazendo discurso, outro tentando acordar uma cobra que parecia adormecida…
A Medina de Meknes 'e mais tranquila do que outras cidades mais turísticas como Fez e Marrakesh, e isso faz da cidade um ótimo inicio para a viagem no Marrocos: da para ir se acostumando aos poucos com a cultura do local sem a loucura que deve ser as cidades maiores.
- Bab Mansour: a principal porta que dava acesso a cidade imperial, considerada uma jóia da arquitetura marroquina 
- Cidade Imperial: vimos o Mausoléu de Moulay Ismail, fundador do primeiro reino islâmico no Marrocos, o exterior do palácio Dar Jamai (infelizmente nao da para entrar, pois 'e propriedade privada do rei que de vez em quando vem passar uns dias por aqui) e o estábulo (construção muito impressionante, com grandes arcos de pedra rodeados por arvores de azeitonas).
Almoçamos no terraço de um restaurante com vista para a Grand Place, ou El Hedime (tajine de couscous com carne de vaca, uma delicia!), e depois nos despedimos da Sabrina para partir a Fez. Dessa vez o trem foi extremamente pontual (saiu 2 mins mais cedo) e chegou em exatos 30mins em Fez. 
Em Fez, fomos direto para o albergue de jeunesse (albergue da juventude da HI), na Ville Nouvelle. O homem que nos recepcionou, Abdullah, foi super simpático e nos deu varias dicas para os próximos dias na cidade, mas ele falava ainda mais rápido do que eu (uma proeza! rs) entao amanha vamos ter que perguntar algumas coisas de novo. Uma ótima coisa que descobrimos foi que 'e possível fazer o tour para o deserto do Saara a partir de Fez e terminando em Marrakesh, o que facilita e muito o nosso roteiro! Os quartos sao honestos, e os banheiros bem limpos (e em estilo ocidental…rs). O unico ponto negativo ate agora 'e que o wifi 'e desligado as 22hs!! Na primeira noite fomos pegas de surpresa, o que foi meio desagradavel. O albergue como um todo fecha as 22hs, mas isso nao 'e la um problema, ate preferimos, deve ser mais seguro assim. 75 Dh por noite, RECOMENDO! 
Amanha vamos nos jogar na Medina de Fez - dessa vez, com guia oficial recomendado pelo hostel, por 150Dh, mais barato do que se contratássemos diretamente.

Souk na medina
Pezinhos descalcos em respeito ao mausoleu de Moulay Ismael
Palacio imperial Dar Jamai



O homem vazio 

Praca El Hedime
El Hedime - Meknes by night

Nossa queria anfitria Sabrina - Our dear host Sabrina

Nosso riad, "Dar Sabrina Wa Tourate", na Medina de Meknes

Banheiro marroquino...

...e nossa destemida Pat demonstrando sua utilização!





Mausoleu de Moulay Ismail

Mausoleu de Moulay Ismail




Petit taxi!! Compensa pedir para eles ligarem o táximetro. Valor acertado antes quase sempre sai mais caro!
Um fato curioso 'e que temos encontrado poucos turistas ao longo do caminho. A Sabrina comentou que isso 'e por causa da crise que atinge a Europa. Nem brasileiros temos visto muito por aqui…acho que o fato de ser quase inverno também deve afetar um pouco. Durante o dia faz ate um calorzinho, mas a noite 'e beem frio e ninguém sai de casa. Talvez isso afugente um pouco os turistas.